sexta-feira, 31 de outubro de 2008

Maternidade ou profissão? - Esse tema já foi até abordado no blog espero que gostem da matéria




Maternidade ou profissão?
Pesquisa revela que elas abrem mão do sucesso na carreira pelos filhos
Por Cynthia Magnani • 28/10/2008

No últimos três séculos, a situação das mulheres na sociedade, graças ao movimento feminista, mudou bastante: votamos como os homens, podemos pedir o divórcio por vontade própria e somos maioria nas universidades. No entanto, em relação ao acesso ao mercado de trabalho, as mudanças têm ocorrido de maneira um pouco mais lenta. E o mais perturbador: a maternidade ainda é, muitas vezes, um entrave para a carreira. Uma pesquisa feita por uma das maiores empresas de recursos humanos norte-americanas, o grupo Catalyst, indica que cerca de 25% das mulheres com filhos pequenos decidem não voltar a trabalhar após o nascimento deles. Os pesquisadores entrevistaram quase duas mil mães entre 20 e 44 anos nos Estados Unidos, Canadá e Suécia, e perceberam que, para 43% delas, a vida profissional passou a interferir negativamente no ambiente familiar. Segundo 83% das entrevistadas, a chegada de um filho fez com que elas passassem a valorizar mais uma vida em família equilibrada do que o sucesso na carreira.

A mulher moderna acumula as funções de cuidar de casa, do trabalho, do próprio corpo (afinal, a concorrência anda acirrada), do marido e dos filhos. Como se não bastasse, o sexo feminino ainda sofre preconceitos, como salários menores que os dos homens e pouca representatividade entre os cargos de chefia de grandes empresas, por exemplo.

As sanções para quem não respeita os direitos das mulheres são jurídicas e legais, mas também de quebra de contratos comerciais ou de imagem. Segundo Leyla Nascimento, presidente da Associação Brasileira de Recursos Humanos - seção Rio de Janeiro (ABRH-RJ), a mais conhecida forma de preconceito é a demissão de profissionais mulheres ao saberem que elas estão grávidas. "É uma visão míope da empresa que, ao comportar-se dessa forma, gera um clima organizacional péssimo, que impacta na performance e nos resultados dos demais funcionários. E o que considero pior: reflete no mercado uma imagem muito ruim. A marca passa a não ser valorizada, pois a empresa esquece que estamos na "sociedade do relacionamento" e essas informações são transferidas para o mercado. Nenhum profissional quer ter no seu currículo uma empresa que não possua uma boa imagem. Assim, a organização passará a ter dificuldades de reter os seus talentos ou de recrutar bons profissionais. Além disso, no mercado global, muitos países não mais aceitam estabelecer relações comerciais com empresas que não trabalham com a diversidade. As sanções para quem não respeita os direitos das mulheres são jurídicas e legais, mas também de quebra de contratos comerciais ou de imagem", alerta.

Mas, infelizmente, muitas empresas ainda torcem o nariz ao saber que uma funcionária está grávida ou que pretende ter filhos em breve. Isso em pleno século XXI. Por esses motivos, muitas mulheres adiam a gravidez ou simplesmente abrem mão de serem mães, apenas para se dedicarem ao trabalho.

A relações-públicas contratada pelo Exército Ana Luiza Oliveira é uma das que optaram por esperar um pouquinho mais para engravidar por causa do trabalho. "Para exercer a profissão em que me formei e buscar aperfeiçoamento através de cursos de especialização tive que mudar de cidade e construir minha vida em um lugar diferente. Acho que ainda é possível, sim, conciliar filhos e trabalho, mas é necessário ajuda de outras pessoas, como familiares, babás ou creches. Por isso achei melhor esperar mais para realizar o meu grande sonho de ser mãe", diz. Depois de cinco anos morando no Rio de Janeiro, Ana Luiza conseguiu, este ano, voltar para sua cidade natal, Volta Redonda, no interior do estado. Ela se diz pronta para retomar o sonho da maternidade. "Como atualmente minha vida está mais engrenada, pessoal e profissionalmente, podendo conciliar minha carreira com a vida pessoal, estou programando para o próximo ano a vinda do tão esperado baby", comemora.


Tudo bem que as mulheres queiram fazer bom uso dos direitos conquistados com tanto sacrifício. Tudo bem também que o mercado de trabalho está cada vez mais fechado e que as boas oportunidades devem ser agarradas com unhas e dentes. Mas até que ponto vale a pena deixar de lado a vida pessoal, adiando ou desistindo de sonhos, por causa da carreira? O jornalista e executivo Luciano Pires dá um recado valioso: "Não vejo problemas em atrasar uma gravidez por causa do trabalho, mas desistir do sonho de ser mãe, jamais! O emprego um dia passará, o sucesso passará. Quando for preciso, a empresa vai dispensar aquela funcionária, independentemente dos sacrifícios que ela tenha feito. É nessas horas em que tudo que passa a ter sentido é a família. A mulher que coloca o emprego em primeiro lugar não terá esse respaldo por causa de sua escolha e isso é triste demais."

Grandes empresas querem gente competente, mas pequenas pessoas querem gente sem filhos. Dá menos trabalho, menos possibilidade de faltas, menos custos . Ele reconhece que não é nada fácil ser mãe e trabalhadora ao mesmo tempo, mas lembra que o futuro e a tecnologia estão aí para ajudar. "A mulher precisa desdobrar-se em diversas atividades e não tenho nenhuma receita para que elas possam conciliar trabalho e maternidade sem preterir nenhuma das duas funções, senão usar e abusar da tecnologia, dos computadores, do home office, dos blackberrys. Mas isso só é válido para quem está numa posição de gerência ou equivalente, e trabalha em empresas que compreendam e aceitem essa flexibilização", lembra.

Existe melhor momento para ter filhos?

Muitas mulheres ficam esperando o "melhor momento" para engravidar. Isso pode ser quando receber uma promoção, um aumento, ou quando tiver mais tempo no emprego. No entanto, cada uma deve saber o seu momento de ter um bebê, lembrando que as condições dentro de casa também são fundamentais para determinar isso. Uma família estruturada, marido e mulher empregados, ter quem ajude a cuidar da criança, pelo menos nos primeiros meses, são alguns fatores importantes. Luciano, por exemplo, deixa seu lado feminino falar mais alto ao afirmar que "se fosse mulher, escolheria o momento em que tivesse um status mais avançado dentro da empresa. Assim, já teria provado do que sou capaz, seria importante para a empresa, teria o respeito de todos e mais tranqüilidade para criar os filhos."

O que deve importar é a competência

Em tempos de competitividade a toda, quando mão-de-obra especializada tem se tornado artigo de luxo, Luciano Pires lembra que: "Grandes empresas querem gente competente, mas pequenas pessoas querem gente sem filhos. Dá menos trabalho, menos possibilidade de faltas, menos custos. Isso é pensamento de gente pequena que, infelizmente, ainda existe em empresas de todos os tipos."

Leyla Nascimento vai mais além. Ela mostra que as mulheres, com ou sem filhos, estão superando o preconceito, mostrando seu potencial e tomando conta do mercado de trabalho. Assim, entender as necessidades das funcionárias gestantes tornou-se assunto estratégico e fundamental para o desenvolvimento das empresas. "A participação das mulheres no mercado de trabalho cresceu muito nos últimos anos. Cerca de 40% do número de funcionários da média das empresas brasileiras são do sexo feminino, por isso os programas voltados para este público vêm ganhando destaque e prioridade estratégica", diz ela.

Ou seja, dar melhores condições para as mulheres conciliarem as suas atividades profissionais com as atribuições domésticas - em especial na criação dos filhos - gera satisfação, bem-estar, maior produtividade e a retenção desse talento feminino. "Além disso, esses benefícios - que vão desde a licença-maternidade de seis meses (ainda opcional), até acompanhamento médico, auxílio em despesas hospitalares, orientação nutricional e creche para os bebês, e auxílio nas despesas escolares para as crianças - integram o Programa de Qualidade de Vida das empresas. Os bons profissionais são disputados no mercado e para garantir a permanência dessas mulheres na empresa, torna-se necessário desenvolver uma estratégia de retenção diferenciada", afirma Leyla.

Leyla afirma também que a própria ABRH incentiva as empresas a investir no bem-estar dos funcionários em geral, e, é claro, das funcionárias gestantes também. A associação, que reúne os principais executivos e profissionais de recursos humanos do país e tem como missão disseminar o conhecimento e as boas práticas de gestão de pessoas, valoriza e mobiliza as empresas para essa questão do público feminino, que também faz diferença no resultado das organizações. "Em nossos eventos e congressos, temos mostrado vários cases de sucesso, frutos de um trabalho de liderança feminina nas empresas. Sensibilizar as organizações para a valorização da diversidade e, entre questões, o trabalho da mulher, é o papel da ABRH e temos feito isto em todo o Brasil", diz.Cynthia Magnani Leia mais deste autor.

FONTE:http://msn.bolsademulher.com/familia/materia/maternidade_ou_profissao/31722/1

quinta-feira, 30 de outubro de 2008

Otimizando os seus loooks

Meninas,

Agora em tempos de crise, o bom mesmo é ter peças básicas no armário que você possa combinar com diversos looks, aproveitando assim melhor as nossas roupas.

Achei bem interessante essa reportagem do Pretinho básico de como aproveitar bem 4 itens básicos do armário e estou dividindo com vocês.












quarta-feira, 29 de outubro de 2008

Oh God!


Manchete Brilhante


Manchete de um jornal trash do Rio "Depois da briga Luana não tem mais Dado em casa". Trocadilho que de tão tosco é brilhante!!

Au Soleil



Eu adoro essa múscia da Jenifer, ela ganhou um programa tipo Idolos na França em 2002 (quando eu estava lá). Ótima para o verão!

terça-feira, 28 de outubro de 2008

Alguém que você não conhece?


Garotas,

Como declarei hoje na minha saidinha com Dani, eu costumo ler o site EGO, curto mesmo a vida das celebridades, ninguém paga as minhas contas e assumo mesmo!! hehehe

Brincadeiras a parte, acabei de ver a notícia de que Luana Piovani se separou do Dado Dolabela, com direito a briga e a camareira da moça agredida. Ela declarou no seu blog que ia casar com uma pessoa que não conhecia, mas como assim depois de tanto tempo e idas e vindas ela não sabia quem era o cara?

Uma vez ela declarou no Saia Justa que namorava o Dado mesmo e "ninguém vai discutir Platão com quem está te comendo" (nunca esqueci essa pérola da garota) e que define em resumo "o cara é uma porta, mas eu não tô nem aí porque ele é gostosão".

Mas agora, depois da segunda tentativa de relacionamento com o cara e no final quase apanhou dele, ela deve estar refletindo, te comer bem não deve mesmo ser tudo...

E estava falando com Dani uma coisa parecida, que as vezes, sei lá, por baixa estima, pra mostrar ao mundo que estamos com alguém, se for bonitão ainda é uma aparição mais vistosa, nós nos sujeitamos ao que não queremos só pra ter alguém...

Mas como já tinha comentado, as vezes é antes só que mal acompanhado, vocês não acham?

Acredito que Luana está repessando seus conceitos também agora...

Para curtir a dois


Pessoas,

Há exatos 30 dias atrás eu li, no caderno Bazar&Cia do Correio, a dica da semana e gostaria de registrar aqui no blog, para as românticas de plantão se inspirarem e incluírem na programação a dois.

Lá vão eles descritos como estão no referido caderno. Aproveitem!!!

Redação CORREIO Foto: Angeluci Figueiredo

(...) O CORREIO listou dez locais bacanas para o leitor levar a(o) companheira(o) ou impressionar uma paquera. O vencedor foi o restaurante Osteria dell'Agazzi, na Federação (tel: 3245-9069). O local, meio escondido, tem dois ambientes e é iluminado por luz de velas. Aconchegante e com decoração rústica, funciona há 18 anos. Pães e massas são produzidos no próprio local, que conta com a simpatia e a competência do chef Aurélio Agazzi. Imperdível.

Confira mais outras nove dicas:

1) Cinema do Museu - A salinha aconchegante fica no Museu Geológico da Bahia, no Corredor da Vitória. Longe do barulho dos grandes cinemas, o local é ideal para ver um bom filme coladinho com quem se gosta.

2) Portal do Humaitá - Acompanhar o pôr-do-sol magnífico nesse lugar, localizado na cidade baixa, é de deixar qualquer casal em estado de graça. Ainda existe tempo para conhecer a igreja, o farol e o mosteiro de Mont Serrat.

3) Ôbá Diversão e Arte - Fica na Ladeira da Barra, de frente para o marzão. A vista é linda, é claro, e o local ainda oferece três ambientes – o barquinho à luz de velas é o lugar perfeito para um casal – e uma programação cultural.

4) Praia do Forte – O paraíso litorâneo da Linha Verde oferece diversas opções para os casais entre cafés, pousadas, restaurantes, tudo em um clima bem intimista. Obs.: Bom, eu faço uma pausa aqui para indicar: a Pousada Tatuapara; pertinho dali, para jantar, tem o restaurante japonês, Kasato, super aconchegante e reservado, especialmente decorado com almofadinhas e tem um lindo lago na entrada; tem também a Taverna Paradiso, para uma massa com vinho no jantar, especialmente o nhoque quatro queijos.

5) Forte de São Marcelo – O monumento histórico, que começou a ser construído em 1650, é um lugar completo. Além da vista maravilhosa da cidade e do museu, tem o Restaurante Buccaneros, bela opção para um jantar a dois.

6) Museu Náutico - O local fica no Forte de Santo Antônio da Barra, o popular Farol da Barra, e conta um pouco da história de um dos cartões-postais mais famosos de Salvador. Lá, no terraço, ainda tem um café e o visual da Baía de Todos os Santos.

7) Pousada Cabanas Aruá - Instalada próximo à Reserva da Sapiranga, em Mata de São João, a pousada tem clima rústico, com interação com a natureza. Ideal para um fim de semana com quem se ama.

8) Bar da Ponta - O romantismo toma conta do lugar, seja pela decoração ou pelo pôr-do-sol cinematográfico. Tá a fim de conquistar alguém? O charme do Bar da Ponta é campeão.

9) Sorveteria da Ribeira - Levar a(o) namorada(o) para tomar sorvete é um clichê que ainda funciona. Ainda mais na Sorveteria da Ribeira, com mais de 70 anos de tradição. Uma volta pelo bairro histórico completa o passeio.

Mulheres recebem esclarecimentos sobre câncer de mama no Rio


Da Agência Brasil

Rio de Janeiro - Uma van que recebeu o nome de Rosa Móvel contornou hoje (28) a Lagoa Rodrigo de Freitas, no Rio de Janeiro, levando informações às mulheres, por meio de atividades interativas, sobre a importância do diagnóstico precoce e do tratamento do câncer de mama.

A iniciativa faz parte da campanha Não Aceite Informação pela Metade, promovida pela Federação Brasileira de Instituições Filantrópicas de Apoio à Saúde da Mama (Femama) e que ocorre simultaneamente em outras cidades brasileiras e também do exterior.

De acordo com o oncologista Gilberto Amorim, a campanha quer mostrar a importância da mamografia para a prevenção do câncer e também esclarecer dados distorcidos sobre a doença.

“Cerca de 90% das mulheres que tiveram câncer de mama não tinham um antecedente na família, dado que diverge de muitas divulgações na imprensa. Outro ponto importante de ressaltar é que o auto-exame não é capaz de detectar um nódulo menor do que um centímetro, detectado facilmente na mamografia”.

Para a empresária Níbia Maciel, que teve câncer de mama há dez anos, as mulheres devem encarar um possível diagnóstico da doença sem medo. “Muitas pessoas têm medo da doença. A palavra câncer está rotulada e isso gera medo nas mulheres.”

Em outubro, mês em que se realiza campanha mundial de conscientização sobre o câncer de mama, diversos monumentos no Brasil foram iluminados de rosa, cor oficial da causa. Hoje à noite será a vez de o Cristo Redentor receber iluminação especial. No fim de semana passado, a Igreja da Penha foi o monumento iluminado.

O câncer de mama é o segundo tipo da doença mais freqüente no mundo. Segundo estimativas do Instituto Nacional do Câncer (Inca), esse tipo de câncer deve atingir mais de 7 mil mulheres neste ano no Rio de Janeiro.

Fonte: www.agenciabrasil.gov.br/noticias/2008/10/28/materia.2008-10-28.9408624691/view

segunda-feira, 27 de outubro de 2008

Isso me irrita!


Feminicídio ao vivo: o que nos clama Eloá

Maria Dolores de Brito Mota e Maria da Penha Maia Fernandes *

Tudo o que o Brasil acompanhou com pesar no drama de Eloá, em suas cem horas de suplício em cadeia nacional, não pode ser visto apenas como resultado de um ato desesperado de um rapaz desequilibrado por causa de uma intensa ou incontrolada paixão. É uma expressão perversa de um tipo de dominação masculina ainda fortemente cravada na cultura brasileira. No Brasil, foram os movimentos feministas que iniciaram nos anos de 1970, as denúncias, mobilização e enfrentamento da violência de gênero contra as mulheres que se materializava nos crimes cometidos por homens contra suas parceiras amorosas. Naquele período ainda estava em vigor o instituto da defesa da honra, e desenvolveram-se ações de movimentos feministas e democráticos pela punição aos assassinos de mulheres. A alegação da defesa da honra era então justificativa para muitos crimes contra mulheres, mas no contexto de reorganização social para a conquista da democracia no país e do surgimento de movimentos feministas, este tema vai emergir como questão pública, política, a ser enfrentada pela sociedade por ferir a cidadania e os direitos humanos das mulheres. O assassinato de Ângela Diniz, em dezembro de 1976, por seu namorado Doca Street, foi o acontecimento desencadeador de uma reação generalizada contra a absolvição do criminoso em primeira instância, sob alegação de que o crime foi uma reação pela defesa "honra". Na verdade, as circunstâncias mostravam um crime bárbaro motivado pela determinação da vítima em acabar com o relacionamento amoroso, e a inconformidade do assassino com este fim. Essa decisão da justiça revoltou parcelas significativas da sociedade cuja pressão levou a um novo julgamento em 1979 que condenou o assassino. Outro crime emblemático foi o assassinato de Eliane de Grammont pelo seu ex-marido Lindomar Castilho em março de 1981. Crimes que motivaram a campanha "quem ama não mata".

Agora, após três décadas, o Brasil assistiu ao vivo, testemunhando, o assassinato de uma adolescente de 15 anos por um ex-namorado inconformado com o fim do relacionamento. Um relacionamento que ele mesmo tomou a iniciativa de acabar por ciúmes, e que Eloá não quis reatar. O assassino, durante 100 horas manteve Eloá e uma amiga em cárcere privado, bateu na vitima, acusou, expôs, coagiu e por fim martirizou o seu corpo com um tiro na virilha, local de representação da identidade sexual, e na cabeça, local de representação da identidade individual. Um crime em que não apenas a vida de um corpo foi assassinada, mas o significado que carrega - o feminino. Um crime do patriarcado que se sustenta no controle do corpo, da vontade e da capacidade punitiva sobre as mulheres pelos homens. O feminicídio é um crime de ódio, realizado sempre com crueldade, como o "extremo de um continuum de terror anti-feminino", incluindo várias formas de violência como sofreu Eloá, xingamentos, desconfiança, acusações, agressões físicas, até alcançar o nível da morte pública. O que o seu assassino quis mostrar a todas/os nós? Que como homem tinha o controle do corpo de Eloá e que como homem lhe era superior? Ao perceber Eloá como sujeito autônomo, sentiu-se traído, no que atribuía a ela como mulher (a submissão ao seu desejo), e no que atribuía a si como homem (o poder sobre ela - base de sua virilidade). Assim o feminicídio é um crime de poder, é um crime político. Juridicamente é um crime hediondo, triplamente qualificado: motivo fútil, sem condições de defesa da vítima, premeditado.

Se antes esses crimes aconteciam nas alcovas, nos silêncios das madrugadas, estão agora acontecendo em espaços públicos, shoppings, estabelecimentos comerciais, e agora na mídia. Para Laura Segato [1] é necessário retirar os crimes contra mulheres da classificação de homicídios, nomeando-os de feminicídio e demarcar frente aos meios de comunicação esse universo dos crimes do patriarcado. Esse é o caminho para os estudos e as ações de denúncia e de enfrentamento para as formas de violência de gênero contra as mulheres.

Muita coisa já se avançou no Brasil na direção da garantia dos direitos humanos das mulheres e da equidade de gênero, como a criação das Delegacias de Apoio às Mulheres - DEAMs, que hoje somam 339 no país, o surgimento de 71 casas abrigo, além de inúmeros núcleos e centros de apoio que prestam atendimento e orientação às mulheres vítimas, realizando trabalho de denúncia e conscientização social para o combate e prevenção dessa violência, além de um trabalho de apoio psicológico e resgate pessoal das vítimas. Também ocorreram mudanças no Código Penal como a retirada do termo "mulher honesta" e a adoção da pena de prisão para agressores de mulheres, em substituição às cestas básicas. A criação da Lei 11.340, a Lei Maria da Penha, para o enfrentamento da violência doméstica contra as mulheres.
Mas, ainda assim, as violências e o feminicídio continuam a acontecer. Vejamos o exemplo do Estado do Ceará: em 2007, 116 mulheres foram vítimas de assassinato no Ceará; em 2006, 135 casos foram registrados; em 2005, 118 mortes e em 2004, mais 105 casos [2]. As mulheres estão num caminho de construção de direitos e de autonomia, mas a instituição do patriarcado continua a persistir como forma de estruturação de sujeitos. É preciso que toda a sociedade se mobilize para desmontar os valores e as práticas que sustentam essa dominação masculina, transformando mentalidades, desmontando as estruturas profundas que persistem no imaginário social apesar das mudanças que já praticamos na realidade cotidiana. O comandante da ação policial de resgate de Eloá declarou que não atirou no agressor por se tratar de "um jovem em crise amorosa", num reconhecimento ao seu sofrer. E o sofrer de Eloá? Por que não foi compreendida empaticamente a sua angústia e sua vontade (e direito) de ser livremente feliz?

Notas:
[1] SEGATO, Rita Laura. Que és um feminicídio. Notas para um debate emergente. Serie Antropologia, N. 401. Brasília: UNB, 2006.[2] Dados disponíveis em: http://www.patriciagalvao.org.br/apc-aa-patriciagalvao/home/noticias.shtml?x=1076

* Ma. Dolores: Socióloga, professora da Universidade Federal do Ceará / Maria da Penha: Inspiradora do nome da Lei Federal 11340/2006. Colaboradora de Honra da Coordenadoria de Políticas para Mulheres da Prefeitura de Fortaleza

Publicado em: www.adital.com.br/

domingo, 26 de outubro de 2008

Gold Digger - Versão Americana da Maria Gasolina??



Met her at a beauty salon
With a baby louis vuittonUnder her underarm
She said I can tell you ROC
I can tell by ya charm
Far as girls you got a flock
I can tell by ya charm and ya arm
but I'm lookin for the one
have you seen her
My psychic told me she have a ass like Serena
Trina, Jennifer Lopez, four kids
An I gotta take all they bad ass to show-biz
Ok get ya kids but then they got their friends
I Pulled up in the Benz, they all got up In
We all went to Den and then I had to pay
If you fuckin with this girl then you betta be payed
You know why
It take too much to touch her
From what I heard she got a baby by Busta
My best friend say she use to fuck wit Usher
I dont care what none of yall say I still love her"

E ai gatas?? Perguntas para o fim de domingo...

Vocês acham que um relacionameno que começa por interesse pode se tornar num relacionamento aonde o sentimento mutuo se torna verdadadeiro?

Vocês acham que carros caros atraem mulheres? Sera que o gato dirigindo um fusquinha de 1900 e bolinha recebe a mesma atenção do que o carequinha/barrigudinho numa mercedes novinha??

Beijos!

Ops


Bem vindas novas Marias!
Adorei os posts e a oportunidade de compartilhar tanta coisa bacana.

Beijos fofuchos e longa vida ao blog mais charmoso da Bahia!

Identiiquei o problema, resta a solução...


Quem pensa que “empurrar com a barriga” é uma característica típica e exclusiva dos brasileiros está enganado: a procrastinação –hábito de adiar tarefas- é mundial, tanto que é objeto de estudo de um grupo de pesquisa da Universidade Carleton (Canadá) e tema de vários livros nos Estados Unidos. Afinal, de acordo com os especialistas, todas as pessoas, sem exceção, procrastinam. O que varia é a freqüência com que fazem isso.

Deixar para depois não é sinal de que a preguiça ou a irresponsabilidade imperam. “Aquele que procrastina prioriza coisas menos importantes em vez de direcionar suas ações para aquilo que seria mais necessário realizar. Ele coloca diversas tarefas menores na frente”. Mais do que uma questão de não administrar bem o tempo, o ato de procrastinar faz a pessoa viver a ilusão de que, adiando, tudo será solucionado como num passe de mágica.

O adiamento pode proporcionar um alívio temporário, uma sensação de tranqüilidade, porque a pessoa crê que tudo vai dar certo no final.
A pessoa que procrastina não se relaciona bem com o real. “A realidade assusta. Com medo, a pessoa vira uma espécie de avestruz: enfia a cabeça na terra com a esperança de aquela realidade mude”.

Mas não só a realidade que desagrada (como, por exemplo, ter de dizer a um amigo, que não será possível pagar uma dívida no prazo combinado) faz com que as pessoas adiem seus compromissos. “Quem procrastina não toma essa atitude somente em relação às situações que causam desconforto, mas também diante daquilo que lhe dá prazer”.

A consciência da própria mortalidade é que faz as pessoas postergarem alguma atividade, seja ela interessante ou desagradável. Se elas têm a chance de adiar alguma escolha, fazem-no porque têm a sensação de estar garantindo o dia de amanhã. É uma forma de se iludir, de tentar se tornar imortal.

Talvez por isso as pessoas idosas sejam menos afeitas ao adiamento. A experiência de ter passado por vários momentos de perda faz com que os idosos tenham mais clareza para identificar o que é prioritário ou não.

O problema é que, se a pessoa não parar para refletir sobre os motivos do adiamento, pode fazer com que esse comportamento torne-se padrão em sua vida.

Independentemente da fase em que a procrastinação ocorre, as conseqüências que esse hábito traz podem ir além do nível prático (como chegar atrasado a uma festa porque a compra do presente ficou para o último minuto), tendo reflexos na saúde da pessoa.

A procrastinação é um problema sério, que pode causar transtornos psicológicos e atingir o nível físico. Além de ser obrigada a arcar com as conseqüências de compromissos perdidos ou de tarefas malfeitas, a pessoa que deixa tudo para depois pode ter problemas físicos e mentais. O sentimento de culpa é um dos que mais atingem essas pessoas. E o pior é que elas sentem culpa não pelo que fizeram, mas pelo que deixaram de fazer. Isso acaba gerando muito desgaste. Às vezes o indivíduo apresenta um quadro sério de stress, sente-se ansioso, o que pode gerar dores de cabeça, aumento na pressão arterial e problemas de estômago.

As pessoas que procrastinam sofrem com mudanças no seu comportamento psíquico, mas, muitas vezes, não percebem essas alterações, como conseqüência, a saúde física acaba sendo abalada, como acaba dependendo demais dos outros, pode estabelecer uma relação desgastante com familiares e amigos. Pode desenvolver um sentimento autodestrutivo, acreditando que tudo o que faz é ruim ou tem pouca importância. Sofre com a perda da autoconfiança, o que faz com que as ações posteriores àquelas que adiou tornem-se ainda mais difíceis de serem realizadas.

Tende a ficar ansioso quando percebe que não vai conseguir realizar aquilo a que se propôs. Quando se conscientiza de que adiou demais, pode apresentar um comportamento depressivo.

POR VERA VELASCO

sexta-feira, 24 de outubro de 2008

Hello Ladies!!




Pierre Lévy



Gatas!

Continuando o momento cultural do blog, essa semana eu e Dani fomos à palestra do filósofo Pierre Lévy, um dos maiores especialistas mundiais em cibercultura.

Ele falou na palestra da sua teoria de que a humanidade tende cada vez mais a se organizar em padrões menos formais e hierárquicos e a valorizar mais o aprendizado cooperativo (como por exemplo, o nosso blog, onde por meio da internet compartilhamos conhecimento e a nossas experiências) e a inteligência coletiva (uma grande enciclopédia humana montada através do ciberespaço).

Para ele a internet é um instrumento de democratização do saber, através de sua diversidade e pluralismo, ainda é um meio de comunicação interativo onde podemos organizar os assuntos, opinar e classificar pelo nosso grau de interesse.

A Internet é então uma grande metrópole mundial, reunindo todas as outras, na qual o amplo acesso à informação resulta na democratização do saber e na conseqüente emancipação do ser humano.

Eu gosto muito das idéias dele porque eu concordo que hoje nós temos acesso à informação em tempo real com todo o mundo, podendo nos expandir em termos culturais em todos os âmbitos, como também trocar experiências e conhecimento através da internet. É inacreditável o salto de transformação que aconteceu nas nossas vidas depois que a internet entrou no nosso dia-a-dia (quem hoje consegue ficar um dia que seja sem ao menos checar os e-mails?) e ainda vamos nos desenvolver muito através dela.

"O saber é uma dimensão do ser."
Pierre Lévy

quinta-feira, 23 de outubro de 2008

Eu indico




Olá meninas! Saudações!

Na minha primeira contribuição para o blog quero compartilhar com vocês a feliz oportunidade que tive de assistir à peça "Confissões das Mulheres de 30", em cartaz no Teatro Folha (Shopping Pátio Higienópolis – São Paulo – SP), no fim de semana passado.

Alguém aqui já assistiu ou ouviu falar?

Pois bem, a peça escrita pelo dramaturgo Domingos de Oliveira (autor de "Confissões de Adolescente"), baseada em histórias reais, trata de questões que permeiam o pensamento e preocupações de algumas mulheres na faixa dos 30 anos de forma hilária e encantadora. Aborda, com bom-humor, os temas: sexo, casamento, maturidade, tipos de homem, sonhos, mercado de trabalho, filhos, etc.

Dirigido por Fernanda D'Umbra, o espetáculo é composto pelas atrizes do seriado “Mothern”, do GNT: Camila Raffanti, Juliana Araripe e Melissa Vettore.

A peça é show de bola! Sucesso de bilheteria! Vale a pena conferir!


Mulheres, vocês vão se identificar com alguns casos expostos pelas atrizes.

Quem estiver em Sampa pode incluir na sua programação cultural, quem não puder vai ter que aguardar uma temporada do espetáculo em Salvador. Por enquanto, não tenho notícias a respeito, mas já sondei a direção do espetáculo sobre o assunto e estou aguardando resposta. Assim que eu souber, postarei informações aqui no blog, ok?

Um cheiro em todas e nos nossos leitores também.

Fui.

segunda-feira, 20 de outubro de 2008

Nenhuma mulher esta imune a violência sexual


Meninas, muito interessante à entrevista da revista “Muito” da “A tarde” de ontem com a cientista política Ana Alice Alcântara Costa.

Muitos assuntos relevantes foram tratados e o que achei mais interessante foi ela falando da maneira particular que o homem baiano expressa o seu machismo, não que ele seja mais ou menos que em outros lugares, mas a maneira agressiva que as coisas acontecem aqui.

Por exemplo, quem nunca esteve em um bar, show, andando na rua, etc aqui, veio um cara te paquerar e quando você recusa a investida ele manda uma réplica como, por exemplo: “Mal amada”, “Baranga!”, para não falar coisa pior...

Como disse Ana Alice na entrevista: “Ainda hoje os homens acham que a mulher sozinha está esperando que aquela maravilha que chegou ali vá resolver seu problema. Isso é muito presente ainda em Salvador. Qualquer reação que a mulher tenha, ela não pode dizer não, senão ela é imediatamente desautorizada, desmoralizada. Acho que isso é uma característica do machismo baiano.”.

Isso é a mais pura verdade, vivemos isso no nosso dia a dia. Mas a culpa é nossa também que não nos posicionamos e não exigimos respeito, quando isso acontece conosco e também quando vem um pagode “Quebra ordinária” e nós mulheres estamos lá atrás do trio achando lindo e maravilhoso.

Precisamos mesmo nos posicionar, somos as mulheres da Bahia! Ao contrário do jingle do Hilton, Salvador não é capital da resistência, mas sim a capital da opressão!!!

P.S.- Para um homem que possa ler esse texto, estou simplesmente exigindo meus direitos de mulher, não to de TPM.

domingo, 19 de outubro de 2008

Eleições


Opa,segundo as pesquisas rola um empate entre João e Pinheiro no segundo turno das eleições a prefeitura de Salvador.

A hora é agora! Quem nao escolheu em quem votar, pesquise, discuta, converse e tome seu partido, a disputa será voto a voto, por isso o seu fará toda a diferença.

Eu já decidi, decida-se e faça a diferença mesmo que seja escolhendo o "menos pior" desse mundo sujo da política.

:)

sábado, 18 de outubro de 2008

Até nisso...


Domingo um dos assuntos do Fantástico - Rede Globo - é como as mulheres saõ afetadas no período mestrual chegando a perder 70% de rendimento profissional nesse periodo.

Já pensou se o mercado começa a selecionar? Ah esta não serve tem TPM, aquela ainda não tem filhos, hi... essa aqui já quatro...

rsrsrs mulheres, desafio mesmo é ser você mesma, mãe, esposa, amiga, dona de casa, amante, irmã, profissional de sucesso e ainda menstruar todo mês sem reclamar, por que mulher só seba reclamar da vida, vida fácil, né?

quarta-feira, 15 de outubro de 2008

Dilema do dia

Minha filha vai ser assim
Amigas

Hoje é um dia muito triste pra mim porque morreu minha madrinha Tânia. Ela já estava doente, foi bem doloroso o processo, e ela deixa uma linda filha de 16 anos.

Um dia, em reunião de familia, eu falei que queria ser mãe mais velha, com uns 36/37/38 e uma tia falou: "Com essa idade quando tiver adolescente você vai estar morrendo igual Tânia".

Tânia foi mãe aos 43 anos, uma pessoa moderna, executiva, sempre viajou com seu marido e também teve uns problemas pra engravidar que demorou mais um pouco.

Mas é isso, o que vocês acham, tem um prazo de validade pra maternidade?

Eu acredito que o mundo está mudando e não tem mais aquela coisa de maternidade jovem, a medicina avançou, hoje é mais difícil e demorado solidificar uma carreira, hoje existem mais facilidades para viajar e aproveitar a juventude, e podemos no nosso momento ser mães dedicadas, com segurança na carreira e com vida vivida (pra não ser aquela mãe frustada que deixou seus sonhos pra viver o do filho).

Beijos

De cara nova...

Ah.. essas Marias, tão belas, tão chamosas, tão Bahia.
Beijos

segunda-feira, 13 de outubro de 2008